segunda-feira, 13 de dezembro de 2010




CURRICULO E TIC’s

Partindo do princípio de que Currículo aponta a relação entre cultura, sociedade e conhecimento, e ainda, segundo César Coll é o elo entre a declaração de princípios gerais e sua tradução operacional, entre a teoria educacional e a prática pedagógica, entre o planejamento e a ação, entre o que prescrito e o que realmente sucede nas salas de aula, desta forma, compreende-se que o currículo, no contexto da escolarização, deve contemplar a compreender dos espaços múltiplos nos qual estamos inseridos, bem como, fazer o paralelo do que acontece nesses espaços com os saberes formais.

A construção do currículo voltado para as reais necessidades e realidade de nossos educandos é construída no diálogo, na troca de idéias, dos debates com o objetivo de entender e compreender as diversidades que compõem as esferas escolares. Compreendendo os pensares e fazeres que irão perfazer o fazer pedagógico. Assim, o currículo não deve ser pensado como algo definido, terminado, algo pronto, tão pouco, deve ser pensado como algo compartimentado, onde cada disciplina esta disposta em caixinhas, de tal forma que o aluno nunca irá vivenciar a ligação entre os diversos saberes propostos. Ao contrário o currículo deve ser flexível, oportunizando a disseminação e apropriação da cultura de nossos antepassados, cooperando desta forma, com a formação humana na sua multiplicidade. Aqui é importante destacar o uso das tecnologias no desenvolvimento do currículo, pois a acessibilidade de tais recursos nas escolas já tem comprovado que o interesse, bem como a interação aluno, professor, aluno com o conhecimento, tem sido bastante significativo para o melhor desempenho dos educandos. Articular o uso destes ao currículo no desenvolvimento dos conteúdos, irá propiciar aos alunos melhores oportunidades de aprendizagem.

Nessa visão a escola proporciona aos educandos uma visão além do espaço da sala de aula, da escola, da localidade e passando para o globalizado. Pois instiga sua visão de mundo, respeitando as diferenças, e as produções coletivas, tornando, assim, a escola como fonte articuladora e disseminadora do conhecimento produzido de geração a geração.

Acreditamos que detectando tais situações, poderemos contribuir com a escola, professores e alunos, pois uma vez detectado as reais causas do problema, maior as possibilidades de solucioná-los, proporcionando assim um ensino satisfatório, bem como garantir o direito do educando de um ensino de qualidade.


Pensando sobre possíveis mudanças e contribuições das tecnologias

O uso das mídias na educação muito tem contribuído para o desenvolvimento da aprendizagem de nossos alunos, pois a utilização desses recursos tem inovado estratégias utilizadas por alguns professores, que automaticamente têm motivado os alunos a participarem ativamente de sua aprendizagem, bem como, pelo fato destes, fazerem seu espaço de produção, visto que manuseiam estas ferramentas com bastante agilidade, assim podem contribuir para o seu próprio aprendizado em parceria com os professores.

Concordando quando Pedro Demo diz, "A escola está distante dos desafios do século XX" e hoje acrescentando o século XXI, os Nativos Digitais dominam, mexem, interagem, criam, discutem, formulam e reformulam. E nós que estagio estamos? Acreditamos que em passos muito lentos, pois é algo intrínseco de nossa geração o receio do manuseio dos recursos tecnológicos. Estamos, querendo ou não, a muitos passos atrás de nossos alunos.

Mesmo tão distanciados, nossas buscas são diferentes. Enquanto buscamos cursos e aprimoramento profissional. Eles buscam o que é natural a idade deles, isto é, a interação com amigos em todas as distâncias, baixam arquivos e fazem downloads de MP3, vídeos e jogos, produzem vídeos e arquivos, se comunicam no Orkut, bate papo, MSN, ou seja, nós ficamos no campo dos estudos e leituras e eles no campo da produção e interação. Então esta pode ser a troca que deverá existir entre professores e alunos. Aproximando conhecimento sistematizado com as exigências da sociedade midiática.

Conduzir nossos alunos a empregar tais habilidades no conhecimento sistematizado, talvez seja nosso maior desafio. Pois a escola hoje é percebida por nossos alunos como sendo um espaço que foge a realidade deles. A escola é um espaço fechado, sem brilho, rotineiro e mecânico, distante do que encontram em casa, pois têm acesso a TV, DVD, internet, MP3, Celulares dos mais sofisticados. Isso é o que eles vivenciam diariamente, enquanto que a escola lhes apresenta o quadro e o giz e, vez ou outra, uma aula com uso de recursos diversificados.

Surgem então alguns questionamentos: como a escola pode ser um espaço de produção, envolvimento, interativa para o aluno com expectativas diferentes da que apresentamos a eles? Estamos preparados para levar nossos alunos a aprenderem utilizando esses ambientes que são de interesses deles? Como?

Precisamos rever nossa forma de trabalho, precisamos olhar para o futuro, precisamos ir além dos muros da escola, precisamos ser audaciosos, corajosos, quebrar barreiras, vencer nossos limites... Precisamos nos ver como co-responsáveis por uma sociedade mais culta, mas pesquisadora.

No entanto, se não tivermos o cuidado, buscando nos aprimorarmos, rompendo nossas barreiras com tais recursos, podemos limitar nossos alunos ao uso destas ferramentas, isto é, ao Ctrl C + Ctrl V, e dessa forma a aprendizagem não existirá. Então, nossa atuação docente deve ir além das pesquisas sem direcionamento. Devemos ter o conhecimento dos sites que disponibilizaremos aos nossos alunos para realizarem suas pesquisas, devemos sim pensar num aluno que é ágil, desinibido, criativo e dinâmico. Nesse contexto devemos pensar sim em possíveis mudanças, tanto de nossa prática quanto ao uso de tais recursos na sala de aula, e por fim ao publico a quem destinamos contribuir.